segunda-feira, 2 de março de 2009

A segurança em Luanda

Muitas pessoas perguntam como é que Luanda em questões de segurança, principalmente a minha mãezinha. E, sinceramente, ainda não tinha focado este assunto por duas razões. A primeira prende-se com o facto de estar á espera de ser assaltado para ter uma opinião mais realista da coisa, mas ainda não tive esse privilégio (mãe, esta parte é a brincar …). A segunda razão tem a ver com o facto de ainda não ter uma opinião muito concreta acerca deste assunto.

No entanto, vou partilhar convosco o que eu sinto e o que me têm dito.

Quando andamos na rua vemos tanta gente à nossa volta que, por vezes, parece que a qualquer momento vai existir um motim.

Mas, também é certo que em Portugal não se vê tanta polícia na rua, embora aqui a maior parte não faça muito e esteja mais interessada em caçar alguém que lhes dê uma “gasosa”, e para ver a qualidade desta força, basta dizer que a semana passada roubaram a arma a um polícia em plena rua. Mas, existem uns que lhes chamam os “ninjas” que não são para brincadeira… cuidado, se lhes pedirem alguma coisa convêm obedecer…
O que tenho ouvido e sentido, é que se tiveres o cuidado de andar acompanhado, não andares por sítios suspeitos, e passares despercebido, em princípio, não terás grandes problemas. Agora, as pessoas com quem ando têm o cuidado de trancar sempre as portas do carro, e isto quer dizer alguma coisa…
Além de que, práticamente todas as empresas têm à porta seguranças armados, principalmente com as famosas AK 47, prontos para responder a qualquer eventualidade...

Existe na Lei Angolana algo muito especial. Segundo me disseram, se um trabalhador é apanhado a roubar a empresa, a entidade empregadora pode mandar prender o indivíduo, e só o soltam quando a empresa der ordem nesse sentido. Isto é, no mínimo, sui generis.

Imaginem uma lei destas em Portugal. Se nós efectuamos os nossos descontos, e o ordenado dos nossos governantes é fruto desses descontos, penso que podemos ser considerados a entidade empregadora. Portanto, será que poderíamos mandar prender os nossos governantes?